Ficha do Personagem do Raven Aesirus

Teryonista

Ficha do Jogador :: Fernando Henrique Guisso

Nome do Personagem :: Raven Aesirus

Ideologia :: Teryonista

Raça :: Tauro

Nível :: 1

Pontos de Vida :: (96/96)

Pontos de Dens :: (43/43)

Den Primário :: Elorkan

Den Secundário :: Alukan

Iniciativa :: 1

Experiência :: Primeira temporada

Ataque Comum :: 5

Ataque Metonyano :: 3

Ataque Kalaidrino :: 12

Ataque Cynblarkino :: 0

Defesa Comum :: 3

Defesa Metonyana :: 6

Defesa Kalaidrina :: 6

Defesa Cynblarkina :: 5

Equipamentos :: Luva dos Ventos, Chifre Catalisador, Bomba de ar

Técnicas Denins :: Sopro dos Taurens: Usando seu poderio elorkan, imbuindo a concentração em suas luvas feitas por seu conhecimento alukan, Raven soca o ar, causando uma forte pressão que é jogada contra os oponentes. A sensação do ar é semelhante a de uma pedrada do tamanho do punho de um tauren no local atingido. Sistema: O jogador rola 2d20, sendo um o bônus natural de ataque e outro extra, que serão somados ao ataque kalaidrino de Raven, proporcionado pelo soco. Raven consegue empreender a força do ar com apenas uma mão a cada ataque, sendo obrigado também a concentrar a energia kalaidrina de uma só vez. Ou seja, ao ativar a técnica, precisa aproveitar sua capacidade de mantê-la por tempo determinado, causado pela fadiga de sua concentração. Custo: 40 pontos de dens por técnica.

Perícias :: Sentir Motivação, alquimia, operar mecanismos, observar e diplomacia

Inventário :: Luva dos Ventos - Um par de luvas criadas por Raven para o controle de sua própria energia kalaidrina na manipulação do ar. Acrescenta +6 em ataque kalaidrino. Chifre Catalisador - Uma variação química feita por Raven para sentir a presença de inimigos através do ar a quilômetros de distância, usado em seu chifre. Raven já possui tal propriedade, fazendo com que ele apenas invoque a habilidade. Para ativá-lo, gasta-se a quantidade igual aos pontos de ataque kalaidrino do primeiro nível (12). Bomba de Ar (9) - Uma espécie de balão que retém grande quantidade de ar e energia kalaidrina. Quando lançada num oponente, deixa seus movimentos mais lentos por dois turnos. Para criar este item, Raven gasta a quantidade de pontos de dens equivalente ao seu ataque kalaidrino por unidade (começa com 10 peças automaticamente).

Próximo Nível :: Segunda temporada

Peças de Ouro :: 100 PO

Descrição Física :: Cara sem muita expressão, não costuma mostrar muito seus sentimentos, só possui um dos chifres, usa uma armadura leve, uma luva feita de um pano simples,mas possui algumas inscrições que fazem com que a luva canalize sua capacidade elemental e um manto simples por baixo da armadura. Pêlo Vermelho, 2 metros de altura.

História :: A ORIGEM DA ILHA TAUREN Desde o aparacimento de Namuzya, ainda na primeira era da materja, a chamada Montanha Nebulosa, situada no território nortenho, foi completamente dominada pelos servos de Nara-Lan. Antes um refúgio selvagem, o lugar despertava pouco interesse de reinos e grupos ideológicos, devido a dificuldade de acesso e condições mínimas de sobrevivência. O clima frio e sombrio, além de inúmeras feras de diferentes espécies, criavam uma proteção quase automática, fazendo com que poucos povos vivessem por aqui. Até então, alguns humanos, elfos e taurens habitavam na montanha. Era um dos poucos lugares sem ligações com a materja, de forma que uma vida meramente dedicada a sobrevivência era vista aqui. Porém, estes povos, sem contato com o mundo externo, não preocupavam-se em uma evolução propriamente dita, alienando-se com o comportamento da vida selvagem. As coisas começaram a mudar quando Namuzya apropriou-se da Floresta de Natyra, considerando que o território montanhoso também era uma parte necessária para a demarcação de um santuário para Nara-Lan. A dríade intentava que o território fosse um lugar onde aqueles que possuíam ligações mais profundas com a deusa fossem rigorosamente testados, tanto para a servidão como para o tipo de atividades que exerceriam para a ideologia namuzista, internamente ou em vista da expansão por Hedoron. Através do uso puro do kalaidrin, as feras da montanha, bem como o clima e as condições de vida alimentícia, apssaram a tornar-se muito mais difíceis para os seres racionais. Este seria o primeiro teste aos habitantes da montanha, que caso sobrevivessem e aceitassem a prova da deusa, poderiam guardar aquele território, conhecendo minúcias que eles mesmos sabiam, usando os animais em favor da deusa para afastar membros de outras ideologias ou até mesmo migrar para a Floresta de Natyra, tida como o paraíso da deusa em Hedoron. Naturalmente, nem todos conseguiram se adequar a estas imposições. Além das esperadas mortes na dura vida da montanha, ainda houveram aqueles que repudiaram as ideias de Namuzya, que aparecia em determinadas ocasiões para dar o que chamava de chance de rendenção a Nara-Lan. Alguns conseguiram escapar, trilhando seus rumos para o sul, onde desceram da montanha e encontraram um grande campo. Este refúgio pertenceu aos desertores da deusa durante muitos anos. Apesar disso, a vida dos fugitivos estava longe de ser tranquila. Feras da montanha desciam constantemente para atacá-los, além de grupos ideológicos de terras vizinhas do continente, que pretendiam fazer daquele lugar um novo território para fortalecimento de reinos. A verdade é que a vida pacífica, tanto pela influência namuzista do norte, como pelas movimentações ideológicas do leste e oeste, fizeram com que o povo selvagem tivesse poucos recursos e sobreviventes. Enfraquecidos, alguns aliaram-se a outros grupos, especialmente marilistas, muito presentes na região durante duas eras de guerra. Mas a consolidação de uma sociedade pertencente a qualquer forma de pensamento divergente do namuzismo aqui era praticamente impossível. Os taurens, mais fortes que outros grupos, tinham apenas o sul para refugiar-se, na região litorânea. Temerosos, contudo, de ainda serem perturbados pelas forças do Santuário de Natyra, começaram a construir pequenas embarcações para fugir da área continental. Foi aí que descobriram uma ilha, cujas terras poderiam abrigar uma população grande com facilidade. Rumaram os taurens em maiora, assistidos por alguns humanos. Não haviam elfos entre o grupo, pois em sua maioria, haviam abraçado a ideologia namuzista, ou deslocaram-se para terras nos arredores do continente. Dado a quantidade maioral da população tauren, a raça passou a liderar o povo, ainda buscando uma forma de pensamento para construir uma convicção em Hedoron e lutar por uma causa justa, após os problemas enfrentados com os namuzistas. A TRIBO AESIRUS E sucedeu que, diante de um cenário sem objetivos além da sobrevivência, os taurens viram que, cedo ou tarde, outros grupos ideológicos poderiam invadir a ilha, cedo ou tarde. Os recursos naturais ali presentes eram notáveis, e poderia ser usada como uma área intermediária facilmente para a expansão ou recuo ao longo do continente. Mas o que dificultava o acesso ao local eram as mudanças bruscas das correntes de ar maritmas, geradoras, muitas vezes, de fenômenos naturais que lançavam afundavam embarcações, como ciclones. Na época em que os taurens chegaram ao local, em uma estação seca, não enfrentaram tal problema. Foi então que em uma determinada noite, o único denin entre eles, chamado Hisk, foi atormentado por um pesadelo, onde via uma criatura maligna, portadora de grandes chifres em seu crânio, um cajado e um amuleto, no alto de um morro, queimando seu povo e arrasando a ilha através da luz de sua arma mágica. A sensação daquilo era estranhamente real e continuou na cabeça do tauren durante muito tempo. O pesadelo repetiu-se por três noites, até que Hisk decidiu subir o morro para verificar se havia algo de errado com ele. Descobriu um altar e pedra no ponto mais alto, com o símbolo do olho de Marilis ali presente. Ao tocá-lo, sentiu uma energia forte dominar seu corpo. O tamanho poder o obrigava a ficar de joelhos, sendo a posição mais confortável para ele. Começou a ouvir uma voz rouca eocando por ali. O ser maligno denominou-se Wagsa, e disse que tinha planos futuros para a ilha e a extensão do continente ao norte. Revelou-se também como um servo do deus maldito, que dominaria as terras hedorins em um futuro próximo. Assim sendo, a ilha teria de ser desocupada pelos taurens e seus homens, para que o pesadelo de Hisk não fosse cumprido, ou entregar-se de corpo e alma para os bartaluns, formando um pacto com o Inferlis. Pelas palavras da criatura, a ideologia marilista não pareceu má aos olhos de Hisk, uma vez que a naturalidade das motivações malignas, tidas como inatas de cada ser, na verdade serviam como justificativas para uma vida praticamente sem regras, puramente em servidão a Marilis. Foi desta forma que o tauren entregou a sua própria alma, e a de seu povo, aos intentos marilistas. O ser maligno, que após firmado pacto revelou seu nome, Wagsa, também repassou alguns dos costumes dos reinos existentes em Hedoron, como a necessidade de se ter um sobrenome ou denominação que transmita a referência ou imagem de seus atos. Foi assim que Hisk, inspirado nas condições climáticas e de fortes ventos da região, deu o nome a sua tribo, Aesirus, no qual toda a sua linhagem passaria a também adotar como sobrenome. Tal denominação passou até os dias atuais, até o domínio deste povo pelas mãos dos teryonistas. AS TENTATIVAS EXPANSIONISTAS Apesar de suas almas estarem entregues a Wagsa, um lord bartalúnico, os taurens, fortes e temidos, não conseguiram realizar várias de suas tentativas de dominação em outras terras além da ilha. A ideia principal era ocupar o Santuário de Natyra, livrando o local da influência namuzista. Entretanto, os taurens enfrentaram seguidas derrotas, sendo obrigados a recuar na Montanhas Nebulosa. Jamais conseguiram sequer aproximar-se da Floresta de Natyra, o que gerou grande irritação por parte do Inferlis. As tentativas frustradas duraram por todas as três eras da materja existentes. Entretanto, a ilha ainda era um lugar seguro para eles, de forma que conheciam bem as mudanças dos ventos da região, de forma a recurar no momento certo. O avanço dos taurens marilistas ocorreu apenas para o leste e oeste do Santuário de Natyra, mas isto durou até a terceira era da materja. Após esta, a tribo Aesirus se viu indefesa. As terras conquistadas do oeste foram tomadas por um povo de uma cidade chamada Liza, a precursora do reino de Bilim nos dias atuais, e ao oeste, outros reinos começavam a ganhar forma, de forma que a população tauren não foi suficiente para segurá-las. Nos campos do sul da Montanha Nebulosa, os namuzistas construíram um povoado, chamado Natzi, onde os taurens jamais haviam conseguido uma real consolidação territorial. Quando tentavam atacar os servos de Nara-Lan para encurralá-los nas montanhas, eram pegos em um grande fosso construído por eles, de forma que as baixas vinham de maneira rápida. Os taurens se viam obrigados a retornar a ilha, embora tenham construído um grande foco de resistência no leste, chamado Fosso do Inferlis, para intimidar o avanço do reino monbranista de Bilim, ao mesmo tempo que conseguiam uma área p´roxima ao Santuário de Natyra para futuros planos. O primeiro resultado foi alcançado, impedindo que os bilimenses aumentassem sua expansão para o leste, mas nada foi conseguido em relação aos namuzistas, cujos domínios continuam intactos. A dominação do povo tauren fez com que houvesse uma divisão entre suas dominações. Muitos deles vivem na região próxima ao Fosso do Inferlis, enquanto outros simplesmente recuaram para a Ilha Tauren. Desta forma, os Aesirus não ficaram apenas em seu refúgio natural, embora seu número pouco significativo dava poucas chances de que realmente o marilismo seria difundido nesta região, especialmente em função da ampla defesa namuzista existente no Santuário de Natyra. O AESIRUS DESERTOR Mas o destino pregaria uma peça nos taurens, que desde sua fuga da Montanha Nebulosa, haviam sido corrompidos pelo marilismo. Filho do então líder da tribo Aesirus, Kraven, nasceu Raven, segundo da linhagem direta do tauren, cujo primogênito era Eorkur, um dos mais sanguinários da grande família da ilha. Desde a infância, o comportamento de Raven era completamente incomum aos demais. Os taurens da ilha já pareciam nascer com o instinto selvagem e assassino daquele povo marilista, algo que não era demonstrado pelos olhos inocentes e assustados do jovem, que observava as crueldades aplicadas por seu povo de maneira incrédula. Ele simplesmente era incapaz de compreender o sentido das coisas pelo qual seu povo justificava seus atos: Em nome da alegria de Marilis, o maldito, e também da própria diversão. Mas ao contrário de todos eles, Raven não se divertia, de forma alguma, com nenhum tipo de comportamento truculento ou assassino. A lembrança mais evidente disto nos taurens da época foi quando Raven recebeu de Eorkur um machado, aos quatro anos de idade, sendo incitado a atos violentos. Das poucas vitórias alcançadas pelos taurens no continente ao norte, alguns namuzistas do povo de Natzi, pegos como prisioneiros, eram torturados e mortos, sendo levados para a Ilha Tauren. Ele foi levado para arrancar a cabeça de um homem da vila, com apenas um golpe, mirando no pescoço da vítima. Mas seu talento com a arma era precário, o que muitas vezes o levou ao castigo. Naquela ocasião, Raven simplesmente foi incapaz de realizar o ato, tanto por sua debilidade com o machado, como pela piedade com a vítima. Desde ali, a educação dada a Raven era baseada em castigos constantes. Seu corpo ainda guarda até os dias atuais as cicatrizes dos maus tratos. A preocupação de que houvesse um desertor na tribo futuramente, com índoles que se aproximassem minimamente dos dogmas de Materyon, era inaceitável. Por isso, ele foi treinado para virar uma verdadeira máquina de combate, onde as vítimas eram aqueles que eram pegos como reféns na ilha. Com alguma periodicidade, os taurens reuniam-se em uma arena no centro da vila, onde colocavam os humanos desarmados para enfrentar os membros da família Aesirus, que combatiam covardemente na vantagem de usar equipamentos, tornando assim os duelos mais sangrentos. Raven teve de participar de alguns destes eventos, até os seus dez anos de idade. Mesmo ainda sendo uma criança, sua constituição física era capaz de abater homens que, enfraquecidos e desnutridos, eram presas fáceis. Os piores momentos da vida de Raven eram aqueles em que se via obrigado a tirar a vida de alguém. Sua inocência foi completamente perdida, e sua tristeza profunda vinha sempre quando estava só, especialmente em momentos de descanso, em que se colocava a refletir sobre aquilo. Estava fazendo Marilis feliz, sem um motivo, e Materyon triste, um outro deus que seu povo abominava. Tentou por muitas vezes saber mais sobre este ser, mas naquele lugar, tudo que tinha como referência era que este era um deus fraco e inferior ao maligno. Nem mesmo a alcunha de benévolo transitava por ali, tal era o fanatismo do povo na devoção marilista. Ao todo, Raven entrou na arena com humanos por nove oportunidades. Na noite logo após a última, em que havia tirado a vida de um jovem, teve uma estranha sensação ao dormir. Deitado em sua cabana, ele sentia que o vento soprava em sua direção , mas de forma agradável, de maneira que jamais havia sentido anteriormente. Aquilo o fez levantar-se, e perceber que a corrente de ar agora o levava como uma trilha até a praia, onde os taurens ancoravam algumas pequenas embarcações. Atraído por aquela estranha sensação, ele decidiu seguir o fluxo do vento, numa madrugada em que todos já haviam se recolhido. Em seu íntimo, sentia cmo se uma voz o guiasse para ir até aquele lugar. Seu coração se encheu de esperança em deixar a ilha de uma vez por todas. Guiado pelo vento, ele acabou em um pequeno barco. Longe da vista dos marinheiros, decidiu roubá-lo, subiu e continuou a seguir a estranha trilha formada pelo ar. Naquela época do ano, era comum que a navegação fosse evitada, devido a ar frio e forte que se colocava por ali. Mas Raven, mesmo sem qualquer experiência náutica, pegou os remos, e o ar parecia lhe ajudar a seguir mar adentro. Temeu por sua vida acabar ali, mas perseverou. Tinha dentro de si uma força inexplicável, como se alguém lhe desse um poder que, ainda criança, não poderia ter. Foi assim que alcançou o continente e, exausto, perdeu a consciência logo ao chegar na praia. Materyon havia reservado um novo destino a ele. UM NOVO COMEÇO COM ELIASAR E STELLA Quando Raven despertou, estava em uma caverna, sendo aquecido pelo calor das chamas de uma fogueira. Ao abrir os olhos, estava diante de um homem e uma menina, o qual assustou-se, pesando ser algum dos humanos da ilha servos de Marilis. Mas a desconfiança durou pouco, pelos semblantes agradáveis e pacíficos daqueles dois. Eles se apresentaram como a Eliasar e Stella, membros da família teryonista Handoll, nômades de Hedoron que buscavam espalhar a palavra do benévolo e fazer boas obras em seu nome. Era justamente o nome da entidade que sua tribo desprezava, e ali teve pela primeira vez a oportunidade de conhecer mais sobre o deus contrário a maligno. Os dois confortaram Raven, e cuidaram de seu corpo desgastado. Eliasar disse que, no início daquela noite, havia feito uma prece a Materyon para que o ar lhe trouxesse alguém que estivesse aflito pelo julgo do deus maldito, e que através de seu poder como elorkan, desejava que seu deus usasse o vento para uni-los. A história impressionou o menino, que imediatamente associou a trilha do ar que sentia em direção ao litoral, mas não deu maiores detalhes. MAs a partir daquele dia, creu que realmente Materyon foi o responsável por levá-lo até aqueles dois. Os Handoll foram decisivos para a mudança completa de Raven. O jeito alegre e divertido de Stella, sempre preocupada com o bem estar do tauren, fez com que ambos tivessem uma afinidade ímpar. Além disso, Eliasar viu nele a essência do poder kalaidrino, acreditando que principalmente devido ao fato que o levou ao seu encontro, ele poderia manipular o ar a sua maneira. Foi a partir daí que ele descobriu seu talento como um denin elorkan e, mais tarde, sua segunda afinidade, o talento da transformação da energia metonyana através dos conhecimentos alukans, dominados também em parte por seu novo mentor. Além disso, o mais importante foi sua conversão ao teryonismo, que o fez com o tempo abrir seu terrível passado como um marilista, ao mesmo tempo que lhe permitiu purificar-se das maldades que havia feito, ainda que involuntariamente. Em seu treinamento como elorkan, Raven tinha muitas dificuldades de controlar o ar livremente. Neste aspecto, sua condição secundária como um denin alukan lhe serviram muito. Ele e Eliasar criaram luvas especiais, derivadas de energia metonyana e kalaidrina, cuja função é, através da energia física, controlar o poder da energia mágica usada no ar. Até os dias atuais, Raven ainda é dependente deste equipamento, mas tornou-se perito em criar itens que limitam um poderio descontrolado, tendo esta sido sua primeira experiência. Sem dúvida alguma, seu passado como marilista havia sido deixado para trás. Apesar de reservado, Raven sempre demonstrava sua gratidão aos ensinamentos dos Handoll de alguma maneira. Queria, porém, se livrar de sua marca como maligno, de forma que decidiu fazer uma atitude altamente simbólica. Mesmo assustando Eliasar e Stella, numa noite em que conversavam ao redor de uma fogueira, ele quebrou um de seus chifres, como marca de que seu "lado marilista" havia sido deixado para trás. Aquele dia seria marcado para os três, que sentiram nele definitivamente a devoção ao deus benévolo. Tal evento ocorreu quando completou dezoito anos. A vida de Raven naquela região, conhecida como Refúgio das Rochas, durou oito anos e seis meses, numa convivência pacífica com os povos dali que também eram teryonistas. Além da família Handoll, também construiu uma relação, não tão estreita, com o clã Azkan, liderados pelos humanos Nathfrid Azkan, o patriarca, e Annya Azkan, mãe de apenas um rapaz, chamado Bruce Azkan, que também cresceu com Raven e Stella e vez por outra se aproximavam, seja para brincadeiras, diversões ou estudo da palavra teryonista. Quando todos decidiram seguir seus caminhos, um fato terrível mudaria totalmente sua vida, e seria o caminho para adotar ma nova postura ideológica, ainda que continuasse como teryonista. O TAUREN INQUISIDOR Foi então que um dia, Bruce Azkan, já com seus dezessete anos, decidiu partir do Refúgio das Rochas, numa tarefa que aparentemente seria missionária. Inspirada neste aspecto, Stella, que já vinha de um comportamento nômade com o pai, teve a intenção de fazer o mesmo. Seria o momento de deixar sua vida tranquila para trás para propagar a vontade de Materyon em evoluir todas as sociedades. Mesmo entristecidos por saberem que chegava o momento de tomarem direções diferentes, tanto Eliasar como raven concordaram, e a jovem partiria dali em poucos dias. Mas por ironia do destino, naquela mesma noite, o Refúgio das Rochas sofreu um violento ataque. Na verdade, quem invadia o local, sabendo que ali habitavam teryonistas, eram nada menos que membros da tribo Aesirus, liderados por Eorkur, irmão de Raven. Houve uma grande carnificina, embora muitos também fossem pegos como prisioneiros. Novamente, o agora teryonista elorkan teria que lidar com aqueles que o fizeram sofrer enormemente no passado, e que marcariam sua vida uma vez mais, porém de maneira ainda mais profunda. Destruindo e saqueando as posses dos habitantes, os taurens e alguns homens que ajudavam Eorkur encontraram, sem querer, Raven, percebendo que ele possuía uma vínculo especial com Eliasar e Stella, ao tentar protegê-los. Porém, o trio foi rendido, apagado e levado até a Ilha Tauren, onde seriam torturados. Aquilo soava como uma verdadeira dádiva marilista para eles, que viam a oportunidade de punir o desertor e, ao mesmo tempo, fazê-lo sofrer com os entes queridos que havia adquirido, além de puni-lo por passar a dar sua vida em devoção a Materyon. Indefesos na Ilha Tauren, Raven foi espancado durante horas. Não tinha qualquer chance de reação, e via-se impotente em defender Eliasar e Stella. Sentia-se culpado por não conseguir defendê-los, mas a serenidade de seu já velho mestre o ajudava a perseverar em sua crença. Costumavam conversar que aqueles que criam fervorosamente em Materyon eram levados ao Etrenon, um lugar onde não havia o sofrimento e a dor de Hedoron, pleno na evolução que só o benévolo havia conseguido. Ao mesmo tempo, suas palavras jogadas ao vento para confortá-lo, faziam com que o mentor virasse um alvo, irritando Eorkur, que decidiu levá-lo ao seu pai, Kraven, em sacrifício e oferenda para Marilis. Naquele lugar, além do líder da tribo, havia um outro homem de vestes negras juntamente a Kraven. Levaram Raven e Stella para que pudessem ver o sacrifício. Cortaram a garganta de Eliasar, e ofereceram seu sangue a Marilis, colocando-o num vaso profundo. Havia um significado maior naquele ritual, porém, apenas os líders conheciam a motivação. A dor tomou conta dos dois teryonistas, que também viam outros habitantes do Refúgio das Rochas serem sacrificados. Os que não seriam ofertados naquela noite, eram torturados, especialmente o tauren desertor, que ficava a beira da morte. Já prestes a perder a consciência, via Stella sendo levada pelo homem de preto, que sairia da ilha em uma embarcação rumo ao norte. Ela ainda lançava palavras de esperança antes da despedida, e até então, nunca mais soube-se do paradeiro da jovem Handoll. Um sentimento de impotência tomou conta de Raven que, prestes a desfalecer, viu poucas horas depois o local sendo atacado ferozmente. Seria o detalhe que, além de salvar sua vida, traria um novo rumo como seguidor do teryonismo. Visto como um dos prisioneiros, Raven teve pela primeira vez contato com os membros de um reino teryonista. Mais que isso, ele seria parte do início da colonização da ilha pelo reino de Aliank, através das forças da facção inquisidora chamada Ordem da Chama Divina. Foi durante o resgate dos feridos que o tauren foi interrogado por Buliwif e Athorion, que duvidava de sua boa índole. Porém, todos os ferimentos que havia recebido, além da situação dos corpos de outros mortos, especialmente Eliasar, fizeram com que lhe dessem um voto de confiança. Mas seu desespero estava em encontrar Stella agora, porém, os teryonistas não conseguiram ter pistas de seu paradeiro. Raven ouviu de Buliwif e Athorion os intentos dominativos da Ordem em Hedoron, para expandir o teryonismo, mas de forma diferente. Eles usariam o que chamavam de "fogo sagrado" para punir aqueles que pregavam qualquer ação favorável ao marilismo, exterminando-os do mundo. O grupo acreditava que somente assim Materyon obteria a vitória, algo procedente com as leis de seu povo, o reino de Aliank, governado pelo rei elfo Berong. O tauren decidia que faria parte daquele grupo, ainda que em seu íntimo questionasse ainda estas atitudes, devido ao passado sangrento que teve. Entretanto, foi aceito por Bulwifi e Athorion, ganhando o símbolo da ordem ao ser levado para Aliank. Mas, com a Ilha Tauren colonizada, eles retornariam ao local, que tornou-se a sede daqueles que abraçaram a causa da chama divina. Tronaria-se assim um inquisidor, nutrindo a esperança de que, um dia, Materyon o guiaria novamente com o ar, como fez em sua infância, e o levaria até Stella, para dar a ela a oportunidade continuar seu desejo missionário que fora interrompido pelos servos de Marilis. APÊNDICES 1 - Dentro da facção Ordem da Chama Divina, existem apenas três denins: Buliwif, Athorion e Raven; 2 - Tendo seus pertences destruídos durante a invasão do Refúgio da Rocha, Raven refez as luvas elorkans através da alquimia, dedicando aquele novo item a alma de Eliasar, que crê descansar no Etrenon; 3 - Em Aliank, o principal inquisidor e braço direito de Berong é Iscalis Quo, temido por todo o reino por seus requintes de crueldade e tortura mental contra aqueles que se opõem ao regime de inquisição e as leis teryonistas, mas por causa de suas responsabilidades em Aliank, ele jamais foi convidado a ingressar na Ordem da Chama Divina; 4 - Raven esteve apenas uma vez em Aliank, quando recebeu sua condecoração especial de Berong como membro da Ordem da Chama Divina. Desde então, ele passou a viver na Ilha Tauren, agora colonizada pelo reino, onde repassa a seus irmãos informações sobre o pouco que conheceu do continente ao norte, e das histórias sobre o Santuário de Natyra, onde durante seus oito anos com Eliasar, não se aproximou por precaução.

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